Vida de executivo: algumas causas de stress e como tratá-las

O adjetivo “estressado”, seja aplicado por outras pessoas ou por si mesmo, é um dos mais comuns quando usado para descrever o estado de ânimo de executivos. A profissão de executivo consta em qualquer lista das profissões mais estressantes.

Quais as causas disso? O que leva a maioria dos gestores a viver em estado de permanente ansiedade, apreensão ou angústia? Como isso afeta sua qualidade de vida e os que com ele convivem?

Há fatores distintos que afetam a nossa condição emocional. Desde traços de personalidade, da nossa vida pessoal, do ambiente profissional, aos desafios que enfrentamos. Como cada fator afeta-nos de maneira única não há uma resposta padrão. Todavia, é possível isolar alguns geradores de stress que são determinantes e podem ser controlados, ou melhor, gerenciados.

Destacam-se pela abrangência, frequência e intensidade com que observamos sua ocorrência os seguintes pontos de stress: a perda do foco; o gerenciamento da equipe; e a responsabilidade permanente de entregar resultado. Esses fatores assumem peso maior na medida em que estão estreitamente relacionados, são interdependentes e, em decorrência, somam efeitos.

Executivos sofrem pela dispersão de atenção, tempo e esforço estimulada por informações assimétricas, parciais ou dispensáveis, reuniões desnecessariamente longas com pautas de pouca relevância e pela prática do microgerenciamento, seja esta espontânea ou porque decisões triviais são transferidas escada acima. A melhor maneira de tratar essas causas da perda de foco é, o mais cedo possível, contar com uma equipe madura, capaz, coesa e eficiente.

A liderança e seu exercício podem ser razões de insônia ou altamente gratificantes. A chave está no gerenciamento da equipe. Sintonia de pensamento e harmonia de ação transparecem em equipes bem gerenciadas. O bom gerenciamento induz a eficácia da equipe, gera confiança mútua, criando cooperação e aumentando a capacidade de aceitar-se responsabilidade. Incentivando o senso de protagonismo das pessoas levamo-las a ter maior independência, aceitarem maiores responsabilidades e a tomarem a iniciativa.

Elimine o medo e o reforço negativo, substituídos por incentivo e por critérios concretos e claros de avaliação de desempenho. Oriente a equipe, dê-lhe os rumos, indique com clareza os objetivos e metas e forneça o suporte necessário. Mas, também, saiba ouvir usando-a como fonte de conhecimento e aconselhamento criando confiança, estimulando a iniciativa, o senso de time e o comprometimento com o sucesso comum.

Gestão é traçar, perseguir e obter resultados, nada menos. E, resultados são construídos minuto a minuto e não quando são medidos, seja mensal, trimestral ou anualmente. Realizar resultados depende do domínio de conhecimento do negócio, de processo decisório amparado em método, na sua aplicação rotineira e no domínio da informação.

Objetivos e metas são essenciais para direcionar e impulsionar esforços combinando ambição e prudência para serem satisfatórios e exequíveis. Se modestos desagradam, se superdimensionados frustram. Em ambas situações são fontes de stress. Estabeleça marcos de desempenho alinhados com as oportunidades e as possibilidades.

A compreensão da importância de lidar bem com estes três fatores ajuda o controle do stress.

Redução do stress melhora a qualidade de vida e reforça a liderança. Afinal, líderes devem ser inspiradores. São vistos, simultaneamente, como o capitão do navio e quem determina o destino, a bússola que orienta o rumo, o farol que guia e o porto que abriga.

Serenidade, tranquilidade e estabilidade são características de comportamento a serem perseguidas. Refletem no comportamento do grupo, reproduzem-se auxiliando para um ambiente de trabalho saudável e acolhedor e, portanto, com menor potencial de gerar stress.


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